Autor: Aux. Diego Oliveira (Doutor em Ordenanças Eclesiásticas
(Doutor em Psicologia Pastoral e Ministerial)
(Doutor em Divindades)
(Bacharel em Ministração da Palavra)
(Bacharel em Teologia)
Tradução: Diego Silva de Oliveira
Revisão: Durcicleide Bezerras (Doutora em Ciências Bíblicas e Teológicas)
Fonte: www.ministerioetempodefogoegloria@gmail.com
TEMA: A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO
Duas palavras identificam a personalidade do Espírito Santo: Santo e Espírito.
Santo (do Grego Hagios): Venerável, Digno de Veneração, Sem pecado, Puro, Reto, Oposto a toda impureza.
Espírito (do Grego Pneuma): Vento, Sopro, Óleo, Respiração, Vida, Poder.
QUEM É O ESPÍRITO SANTO?
R- O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade.
Ele é um com o Pai e o Filho. Nos textos abaixo podemos comprovar isto:
(1) “Pai, Filho e Espírito Santo” (Mt 3.16,17;28.19).
(2) “Ele é uma Personalidade com quem podemos nos comunicar e nos familiarizar. (Fp 2.1; 2 Co 13.13).
A PRESENTE TAREFA DO ESPÍRITO SANTO NA TERRA.
(1) Consolar - Ele é o Consolador (do Grego Parakletos). Literalmente quer dizer: Aquele que intercede, que está ao lado, um Ajudador, um Advogado. (Jo 14:16-17; 15:26; 16:7).
(2) Líder - (Diretor) da igreja (At 8.29, 30; 13.2-4; 16.6,7; 20.28).
TEMA: SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
01
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Fogo
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Purifica e Regina
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At. 2:3 / Is. 4:4 / Ex. 13:21-22
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02
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Água
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Regenera, Limpa, dá vida, dessedenta
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João 7:38-39 / Isaías 44:3
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03
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Vento
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Invisível, Indescobrível, Indispensável, Irresistível
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Atos 2:2 e João 3:8
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04
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Óleo
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Unge, Autoriza, Escolhe, Dá Poder, Cura
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Lucas 4:18 e Atos 10:38
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05
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Pomba
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Pureza, Lealdade, Devoção, Gentileza, Inofensivo, Terno Amável
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Mateus 3:16-17 e João 1:32
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06
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Selo
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Segurança, Proteção, Direito de Propriedade, Garantia
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Efésios 1:13
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07
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Penhor
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Direito Real, Garantia, prova de Pagamento
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Efésios 1:14
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TEMA: AS OBRAS DO ESPÍRITO SANTO
01
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Criador
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Gênesis 1:2 e Salmos 104:30
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02
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Doador da Vida
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Gn 2:7, Jô 27:3 – 33:4, João 6:63, Rm 8:11 e Ap.11:11
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03
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Profeta
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2 Pedro 2:21
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04
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Milagres
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Mateus 12:28 e 1Coríntios 12:9-11
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TEMA: NATUREZA DO ESPÍRITO
01
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O Espírito Santo é Eterno
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Hebreus 9:14
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02
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Onisciente – Sabe Tudo
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1Coríntios 2:10-11
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03
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Onipotente – Todo Poder
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Lucas 1:35 e Atos 1:18
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04
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Onipresente – Presente em Toda parte
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Salmos 139: 7-10
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05
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Santo
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Romanos 1:4
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06
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Bom
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Salmos 143:10
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TEMA: O ESPÍRITO EM RELAÇÃO AO PAI E AO FILHO
01
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Coopera na Obra da Igreja
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I Coríntios 12:4-6
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02
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Está no Ato do Batismo, junto ao Pai e ao Filho
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Mateus 28:19
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03
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O Mesmo Deus
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Atos 5:3-4
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04
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Reparte a Graça com os santos, com o Pai e o Filho
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2 Coríntios 13:13
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05
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Outro Igual – Enviado pelo Pai e o Filho
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João 14:16 e João 16:14-15
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TEMA: ELE É UM DOM DE DEUS
01
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Dado áqueles que pedem – aqueles que querem
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Lucas 11:13
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02
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Deve ser recebido como um Dom
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Atos 2:38-39
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03
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Dado aos que obedecem a Deus
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Atos 5:32
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04
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Deus nos deu o Seu Espírito
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I Tessalonissenses 4:8
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TEMA: O CARÁTER DO ESPÍRITO SANTO
01
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Intercede
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Romanos 8:27
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02
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Fala
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I Timóteo 4:1 e Apocalipse 2:7
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03
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Ouve
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João 16:13
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04
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Ensina
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João 14:26 e I Coríntios 2:13
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05
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Testifica
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João 15:26
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06
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Ama
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Romanos 15:30
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07
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Conhece
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I Coríntios 2:11
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08
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Tem Vontade Própria
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I Coríntios 12:11
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09
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Pode ser Entristecido
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Efésios 4:30 e Isaías 63:10
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10
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Convence
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João 16:8
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11
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Guia
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João 16:13
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12
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Pune e Castiga
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Atos 5:1-11
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13
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Revela
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I Coríntios 2:10
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14
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Sonda – Penetra até as profundezas
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I Coríntios 2:10
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15
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Faz Lembrar
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João 14:26
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16
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Convida
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Apocalipse 22:17
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17
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Habita no Crente em Jesus Cristo
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I Coríntios 6:19
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18
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Faz Clamarem aos Corações
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Gálatas 4:6
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TEMA: O PODER DO ESPÍRITO SANTO
Quando o artigo definido (o, a, os, as) estiver ausente na língua grega, indica poder, dom ou manifestação do Espírito, em vez da Pessoa do Espírito em Si mesma. Indica o Dom em vez do Doador. A presença do artigo, portanto, indica a pessoa. O artigo está ausente, indicando, portanto, o poder, o dom ou as manifestações do Espírito nas seguintes passagens: Mt 1.18,20; Mc 1.8; Lc 1.15,35, 41, 67; 2.25; 3.16; 4.1; 11.13; Jo 1.33; 7.38,39; 20.22; At 1.2, 5; 4.8,31; 6.3,5; 7.55; 8.15,17,18; 9.17; 10.38; 11.16,24; 13.9,52; 19.2,6; Rm 5.5; 9.1; 14.17; 15.13,16; 1 Co 2.13; 6.19; 12.3; 2 Co 6.6; 1 Ts 1.5,6; 2 Tm 1.14; Tt 3.5; Hb 2.4; 6.4; 1 Pe 1.12; 2 Pe 1.21; Jd 20.
TEMA: A CRUZ COMPLETA
Marcos 15.21-41
Introdução:
A revista Época, na edição 202, de amanhã, 01/04/02, em reportagem de Antonio Gonçalves Filho sobre os "evangelhos apócrifos", ressalta que a Páscoa deveria ser a data mais importante para o cristianismo, mais até do que o Natal, visto que o Cristo crucificado e ressuscitado é o centro da fé que move dois bilhões de pessoas no mundo.
Sem a crucificação e ressurreição de Cristo não haveria igreja e nem esperança a ser celebrada no memorial da Ceia, pois não teríamos evangelho que se proclamasse. Creio que o próprio Cristo queria criar em seus discípulos este sentimento, pois em Marcos 8.34 ele instiga o imaginário popular ordenando a tomada individual da cruz por parte de cada discípulo.
Tomar a cruz implica na negação de si mesmo, o que não é meramente uma exortação. É uma ordem. Devemos negar o próprio eu, dando as costas à idolatria e ao egocentrismo. Negar-se a si mesmo é muito mais do que abandonar a prática usual de pecado. É colocar-se em inteira e incondicional submissão ao Cristo crucificado.
Tomar a própria cruz é muito mais do que pensar nos sofrimentos naturais ou nos problemas existenciais que nos afligem. A cruz era instrumento de crudelíssima tortura e seu patibulum - a viga horizontal da cruz - devia ser carregado pelo condenado em vias públicas até o local da execução, tornando patente a sua desonra e humilhação. Crucificar alguém era como desnudá-lo de sua dignidade e promover o esvaziamento de todos os seus conceitos existenciais. Tomar a cruz exige, por isso, uma dedicação absoluta e uma identificação ideológica, física e espiritual de nossa parte para com Jesus, sem precedentes na história da humanidade.
Segundo o ensinamento de Jesus mesmo, tomar a cruz significa fazer de nossas vidas um hábito peculiar de seguir o seu exemplo, sem contestações ou ajustes aos interesses pessoais que destoam da propositura do evangelho. Afinal, assevera John Stott no livro A Verdade do Evangelho, a fé cristã e a fé do Cristo crucificado. Diria que além de ser a fé do Cristo crucificado, a fé cristã é a fé do povo que se predispõe à crucificação diuturna na busca de ideais cristocêntricos, criptológicos e cristossímeis. A fé cristã é a fé das pessoas que tomam a cruz completa.
Vejamos em seguida, alguns momentos específicos na vida de Jesus que nos orientam para o entendimento do que seria a nossa cruz completa.
- O Batismo - Mateus 3.13-17:
Se observarmos o texto com a devida atenção, verificamos que o batismo de Jesus não foi um mero ritual. Foi para cumprir toda a justiça de Deus, verso 15, o que indica que aquele ato era uma confissão pública de compromisso assumido. Compromisso motivado pela renúncia deliberada a partir da interação da Palavra de Deus na mente e no coração do homem Jesus, como deveria ser em nossas mentes e em nossos corações.
Vemos também que foi por imersão, verso 16. Jesus saiu da água, o que significa que o envolvimento era total e irrestrito. Não houve partes ou particularidade da vida de Jesus que tenha ficado de fora do compromisso messiânico. A totalidade do ser se entregara para a missão assim como deveríamos nos entregar integralmente, sem restrições, ao Senhor que nos comissiona.
Além disso, vemos que o batismo de Jesus foi um cerimonial promovido pela ação do Espírito Santo, verso 16. Jesus estava totalmente revestido de unção e de poder do Espírito Santo, como nós deveríamos estar hoje, como igreja, para realizar as obras que realizou e para ministrar a sua graça salvadora em cumprimento da profecia de Isaías, como nos indica Lucas 4.17-21.
Uma última peculiaridade do batismo de Jesus, que deveria ser realidade em nosso batismo, foi a alegria que aquele momento proporcionou ao coração de Deus. Jesus realmente abdicou de seus interesses humanóides para assumir o propósito de Deus como monotético fator de motivação de sua vida.
Se Jesus não tivesse sido batizado a cruz não teria significado sacrificial, mas apenas penal.
Um outro momento significativo na trajetória de Jesus para a cruz foi...
- A Tentação - Mateus 4.1-11:
Por mais absurdo que pareça, era propósito de Deus aquela experiência controversa na vida de Jesus, assim como muitas vezes o é em nossas vidas, verso 1.
A tentação exigiu de Jesus preparo e firmeza espiritual, verso 2, visto que foi um confronto direto com o diabo. O mesmo nos é exigido hoje. Satanás insiste em nos induzir, como tentou fazer com Jesus, à soberba, à idolatria, à apostasia e a pratica sucessiva de pecados, seja pela banalização dos conceitos ético-cristãos ou pela admissão de uma postura sociológica que cristianiza costumes antagônicos a Palavra de Deus.
A vitória de Jesus, que será também a nossa vitória, foi pela Palavra de Deus, a partir do conhecimento associado a ação prática do Texto Sagrado, versos 4; 7 e 10. Não foi um ato de bravura ou um feito sapiencial, foi vivência prática da Palavra.
Se Jesus não tivesse vencido a tentação a cruz lhe seria merecida, anulando assim o seu significado vicário.
Um terceiro momento que muito nos ensina sobre a nossa cruz completa é...
- O Getsêmane - Mateus 26.36-46:
Este foi um momento de angústia e de profunda depressão, verso 38, para Jesus, quando ele se derramou em intensa intercessão, prostrando-se em aviltante e plena submissão a Deus, no afã de cumprir o propósito salvífico, verso 39.
Muitas vezes nos sentimos como Jesus, mas diferente dele, reagimos com lamúrias, com questionamentos e com blasfêmias reclamando da solidão que faz ressoar altissonante a confrontação direta entre a devoção sincera e a fraqueza humana, versos 40-41. Muitas vezes nos vemos pressionados pelo desafio de resistir e vencer, apesar das cicatrizes que ficarão, ou de ceder e nos retirarmos covardemente para nos entregarmos a mediocridade espiritual.
Para Jesus, o Getsêmane foi um momento de resignação, verso 42, como deve ser para nós. Todo o cristão tem o seu Getsêmane. É o momento no qual é testada a nossa capacidade de resignação, bem como a nossa fibra espiritual diante da traição que dilacera o coração devido a negação do amor que demonstramos, versos 45-46. Mas, como Jesus, devemos resistir e vencer a depressão, encarando o traidor sem nos demovermos do objetivo espiritual traçado por Deus em tal experiência.
Se Jesus não resistisse a amargura do Getsêmane Filipenses 2.5-11 jamais teria sido escrito pelo apóstolo Paulo. O cristianismo não seria nada mais do que o propalado pelo postulados marxistas, "o ópio do povo".
Depois disto Jesus passou por experiências amargas no Sinédrio, o tribunal supremo dos judeus que impunha obediência ao sistema mosaico, e diante de Pilatos, o governador romano representante de César na Palestina, chegando ao momento último de sua trajetória messiânica, que foi...
- A Crucificação - Marcos 15.21-41:
Jesus não apenas nos ordenou a tomada da cruz, como ele mesmo tomou a cruz para a nossa salvação.
A crucificação teve início no pretório, o pátio da guarda romana. Jesus foi colocado na presença de uma coorte, onde vestiram-no de púrpura, um tecido fino e valioso, e em sua cabeça colocaram uma coroa de espinhos. Todos os soldados o saudavam, debochadamente, como a um rei, pois esta era a acusação que sobre ele recaía; Jesus Nazareno Rei dos Judeus.
Segundo o Dr. José Humberto no livro As Três Horas do Calvário, a coroa de espinhos encravou-se na caixa craniana, perfurando os ossos, dilacerando o couro cabeludo e rasgando-lhe a fronte, no momento em que os soldados batiam em sua cabeça com a cana, o suposto cetro de sua majestade. Batiam na cabeça e cuspiam-lhe no rosto, ajoelhando-se diante dele em atitude de suposta adoração, que na verdade era inenarrável blasfêmia, versos 16-20. Eram 600 homens fortes e devidamente preparados para a guerra torturando a Jesus.
Jesus, enfraquecido devido a situação degradante a que fora submetido - levara 39 chibatadas, verso 15 - chega ao Gólgota carregando o patíbulo de sua cruz. Vale ressaltar que no caso de Jesus a cruz era mais pesada que o usual, pois do sinal do cravo de uma mão até o sinal da outra Jesus tinha uma envergadura de 1,70m, conforme pesquisa científicas no Santo Sudário. No Gólgota, ofereceram uma espécie de droga para embotar os sentidos de Jesus, o que ele rejeita, preservando a sua lucidez e sofrendo todas as dores que lhe foram impostas, validando assim o seu sacrifício e consolidando a sua vitória contra o inferno, a morte e o pecado, verso 23.
Às 09h00 crucificaram a Jesus. Primeiro pregaram as suas mãos com cravos de 12 a 15cm no patíbulo. Eram quatro marteladas para se perfurar cada mão e mais oito em cada cravo para se perfurar e prender bem cada mão na madeira. Depois, com desprezo e brutalidade, pregaram o patíbulo na estaca vertical, colocando uma minúscula banqueta pontiaguda para que ele sentasse, evitando assim um colapso devido as contorções do corpo e postergando a agonia e o sofrimento. Em seguida, juntaram-lhe os pés, pregando um no outro com oito marteladas, para então pregarem os dois na madeira com mais doze marteladas. Por fim, levantava-se a cruz deixando o crucificado exposto ao causticante sol da Palestina.
A morte na cruz era por asfixia mecânica ou por hemorragia, visto que para respirar era necessário se levantar o corpo, dilacerando as mãos e os pés, a cada movimento, bem como comprimindo cada vez mais a caixa torácica sempre que se respirava um pouco mais fundo.
Cumpre-se a profecia de Isaías 53.12. Não só pelo fato de Jesus estar entre os transgressores, mas principalmente por ter ele tomado sobre si o pecado de muitos, versos 27-28. No decurso das horas, zombaram de Jesus insultando-o e mandando-o descer da cruz para salvar-se a si mesmo.
Queriam um milagre para que pudessem crer, visto que não foram capazes de entender que o milagre era a própria cruz. Na cruz reside o milagre da salvação e do perdão de pecados, versos 29-32.
O Texto informa que do meio dia até às três horas da tarde a Terra escureceu. A ciência afirma ser impossível pensar em um eclipse na ocasião por ser período de lua cheia. John Stott, no livro A Cruz de Cristo, diz que aquela escuridão era uma espécie de símbolo externo das trevas espirituais que envolveram a Jesus naquele momento.
Às três horas da tarde Jesus clama em alta voz: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste", citando o Salmo 22.1. Um terrível grito de abandono, o sentido é de deserção mesmo, indicando que naquele momento Jesus entendera que se havia consumado o propósito divino para a nossa salvação, sentindo na própria carne o peso da justiça de Deus e satisfazendo-a, para a nossa justificação. Jesus conhecia as Escrituras e viu cumprir-se plenamente em si mesmo a Palavra do Senhor a Moisés em Deuteronômio 21.22-23; "maldito todo aquele que for pendurado no madeiro".
As pessoas ao redor não compreenderam o que se passava e esperavam que Elias, o profeta, viesse para salvar a Jesus. Mas não há profeta, pastor, guru, santo ou papa capaz de nos salvar. A nossa salvação só é possível no Cristo crucificado e ressuscitado, versos 33-36.
Jesus morreu. O véu do Templo se rasgou de alto a baixo dando início a uma nova aliança; o pacto no sangue que nos purifica de todo o pecado. A cruz foi um momento de dor, de humilhação, de desamparo para que na realidade pudesse ser o momento de maior manifestação de amor e de redenção. O cruento momento da cruz é o momento da vitória.
Se Cristo não padecesse a morte na cruz não haveria vitória para celebrarmos. O pecado nos teria derrotado a todos.
CONCLUSÃO:
Desejo concluir dizendo que ainda hoje Cristo nos chama para negarmos a nós mesmos. Jesus quer que tomemos a nossa cruz em sua inteireza e o sigamos. Portanto, se estamos dispostos a carregar a nossa cruz e se estamos realmente seguindo a Jesus, há somente um lugar para onde podemos estar indo: para a morte. Não há como seguir a Jesus, não há como ser igreja, se nos acovardamos diante da cruz.
Stott assevera, em A Cruz de Cristo, que movido pela perfeição do seu santo amor, Deus em Jesus substituiu-se por nós, pecadores. Esta substituição é o coração, o epicentro da cruz, tornando o cristianismo evangélico em uma religião pautada em uma incondicional cruzcentricidade experiencial e espiritual.
Tomar a nossa cruz é o desafio. Não uma cruz de isopor, de néon, de mármore em um epitáfio ou de ouro para enfeitar a lapela, mas a cruz completa. A cruz que inicia no compromisso assumido publicamente no batismo. A cruz que nos capacita para vencermos a tentação e que nos mantém a fibra espiritual nos deprimentes tenebrosos getsêmanes que sofremos.
Devemos tomar a cruz completa. A cruz que mortifica o nosso ego. A cruz que vicariza os nossos pecados e que nos faz contados dentre os malfeitores. Devemos tomar a cruz que nos leva ao sentimento de que somos malditos de Deus, desamparados e sem alternativas, a não ser a rendição taciturna voluntariosa, como a de fez Jesus, conforme o relato de Lucas 23.46; "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito".
Amados irmão e irmãs, a cruz completa é a cruz do testemunho público, do confronto direto como o diabo e a da angústia que muitas vezes nos faz derramar o sangue da alma devido a humilhação, o escárnio e o abandono. Se suportamos a tamanha dor; se suportamos agonizante sofrimento e se ressuscitamos depois de cruenta morte a cada dia, podemos bradar ao mundo que estamos crucificados com Cristo. Não nos incomodamos mais com as circunstâncias da vida, pois temos no corpo as marcas da cruz; temos as marcas da salvação, Gálatas 2.20 e 6.17. Amém.
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ESBOÇO DO LIVRO DE ÊXODO
O Dr. James G. Murphy fez o seguinte esboço do livro de Êxodo em seu comentário sobre o mesmo:
I. ESCRAVIDÃO NO EGITO - ÊXODO CAPÍTULOS 1-6
A. Israel oprimido no Egito Êxodo 1
B. O nascimento e a educação de Moisés Êxodo 2
C. O chamado e o comissionamento de Moisés Êxodo 3-4
D. Moisés inicia o seu ministério Êxodo 5-6
II. AS DEZ PREGAS ! ÊXODO 7-12
A. O Primeiro grupo de três pragas, Êxodo 7:8-19
B. O Segundo grupo de três pragas, Êxodo 8:20-9; 12
C. O Terceiro grupo de três pragas, Êxodo 9:13-10
D. A décima praga. Páscoa, Êxodo 11-12
III. O ÊXODO ! ÊXODO 13-18
A. A saída de Israel, Êxodo 13-15
B. A jornada de Elim até o Sinai, Êxodo 16-18
IV. A ENTREGA DA LEI- ÊXODO 19-24
A. A Lei Moral, Êxodo 19-20
B. A Lei Civil, Êxodo 21-24
V. O TABERNÁCULO- ÊXODO 25-40
A. O Plano para o Tabernáculo, Êxodo 25-31
B. A Aliança quebrada pela 1° vez Êxodo 32-34
C. O Tabernáculo construído e montado, Êxodo 35-40
INTRODUÇÃO AO LIVRO DE ÊXODO
Deus nos deu o privilégio de passarmos para o estudo do segundo livro das Sagradas Escrituras. Êxodo é a continuação de Gênesis, como nos revela o versículo 1. Seria muito bom fazermos uma revisão mental do que já aprendemos do livro Gênesis. Moisés nasceu mais ou menos sessenta anos após a morte de José. Nesta época, Israel cresceu de uma grande família para se transformar em um povo, mesmo que perdeu a honra do prestígio do parentesco com José e passou a ser escravo de uma nova dinastia (Êxodo 1:8).
O TÍTULO
"Êxodo" significa "saída" e é óbvio que se refere ao êxodo de Israel do Egito.
VI. O Autor
Moisés é o autor dos primeiros cinco livros das Escrituras. Estes livros são conhecidos como "O Pentateuco". Em Marcos 12:26, nosso Senhor se refere especificamente a Moisés como sendo o autor do livro de Êxodo.
VII. O Conteúdo do Livro de Êxodo
Ver o esboço já referido
VIII. A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DE ÊXODO
Toda Escritura é espiritualmente proveitosa (II Timóteo 3:16). Até mesmo as histórias do Velho Testamento estão repletas de lições práticas e de alimento espiritual (Romanos 15:4; I Coríntios 10:11).
O Livro de Êxodo contém algumas informações notáveis:
Êxodo é a nossa maior fonte a respeito da vida de Moisés.
Muitas profecias citadas em Gênesis são cumpridas em Êxodo (Gênesis 12:1-3; 15:13-16).
Êxodo relata importantes eventos na história da salvação enquanto o plano da redenção de Deus se desdobra. A inimizade entre a semente da mulher e a semente da serpente toma novas proporções ao se desencadear o confronto entre Israel e Egito (Gênesis 3:15). Deus faz uma aliança com Israel no Monte Sinai. Esta aliança da Lei foi uma preparação importante para a vinda de Cristo (Gálatas 3:24). Os justos padrões de Deus revelam ao homem a necessidade de Cristo.
Sem dúvida nenhuma, há mais tipos figurando Cristo em Êxodo do que em qualquer outro livro das escrituras. Enquanto Gênesis ilustra a doutrina da eleição, Êxodo enfatiza a obra da redenção. Pense na Páscoa e na saída de Israel do Egito (I Coríntios 5:7 & 10:1-11). Considere também o tabernáculo que é uma figura espetacular e sólida de Cristo (Hebreus 9:8,9).
IX. A TERRA DO EGITO
Israel foi mantido em cativeiro no Egito. Esta nação é sempre representada nas Escrituras como um representante do mundo mau e seu sistema perverso. (I João 5:19). Para entendermos mais adequadamente este "tipo" ou figura, consideraremos os seguintes detalhes:
A. O Egito nesta época era considerado como a principal nação da terra e o sonho de realização dos homens.
B. Olhando de cima, podíamos ver o Egito como um vasto deserto, com cerca de 11 Kms de largas faixas verdes estiradas sobre o mesmo. Estas faixas eram o Nilo, em sua planície transbordada. Toda a agricultura no Egito não dependia das chuvas que vinham de cima, mas do transbordamento anual do Nilo. Esta planície era incomparavelmente fértil.
C. Neste aspecto o Egito era um extraordinário tipo do mundo. A chuva que enriquecia e regava a terra caía longe da vista deles. Todas as bênçãos que eles recebiam vinham dos céus, mas eles não viam isso. Eles olhavam para baixo, para o Nilo, como a fonte da prosperidade deles, e, na verdade, eles o adoravam. Canaã, entretanto, era regada pelas chuvas dos céus (Deuteronômio 11:10-11). Israel foi ensinado a olhar para cima, de onde vinham todas as suas bênçãos (Tiago 1:17).
D. O Egito era notório por sua crueldade para com os escravos. Os não salvos são escravos do pecado e o diabo é um carrasco cruel.
E. As relíquias do Egito nos faz lembrar da morte. Pirâmides e múmias são o seu memorial. A maior obra literária deles foi o "Livro dos Mortos". Somente em Cristo encontramos a vida (I João 5:12).
F. O povo eleito foi mantido como escravo no Egito até que remido e conduzido para fora por Moisés. Os eleitos de Deus estão sob escravidão espiritual até que remidos e chamados para fora do presente mundo e do seu sistema (Gal 1:4, I João 5:19).
X. O PROPÓSITO DA ESCRAVIDÃO NO EGITO
Vamos rapidamente lembrar do propósito de Deus em permitir Israel a sofrer no Egito. Este foi estudado anteriormente no livro de Gênesis:
- A escravidão de Israel em Egito providencia uma representação fiel do pecado e a redenção por Cristo.
- Egito foi o lugar onde Israel podia multiplicar em número sem ser absorvido nem influenciado por uma cultua pagã. Egito separou-se estritamente dos Israelitas (Gênesis 46:34).
- Na saída de Egito os Israelitas ganharam o material necessário para a construção do tabernáculo (Gênesis 15:14),
- Na sua redenção da escravidão o poder de Deus foi grandemente manifesta (Êxodo 9:16). Freqüentemente Deus traz aflições como meio para criar oportunidades a engrandecer Seu nome.
Enquanto Israel crescia como uma nação, os habitantes originais de Canaã tornaram mais e mais pecaminosos até exceder os limites da longanimidade divina. Eram prontos para o juizo de Deus cair neles quando o Israel atravessou o rio Jordão (Gênesis 15:16).
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ESTUDOS SOBRE SERES ANGELICAIS – ANGELOLATRIA
Mensageiro. Anjos, na qualidade de assistentes de Deus, mensageiros da Sua vontade, é doutrina que corre por toda a Bíblia. l. A sua natureza. Pouco se acha dito sobre isto. os anjos geralmente aparecem na figura de homens (Gn 18 - At 1.10), e algumas vezes revestidos de glória (Dn 10.5,6 e Lc 24.4). os serafins de isaías (6.2), e os querubins de Ezequiel (1.6), têm asas: assim também Gabriel (Dn 9.21), e o anjo do Apocalipse (14.6). Em Hb 1.14 são eles espíritos ministradores (cp. com Mc 12.25). 2. As suas funções. Primitivamente eram mensageiros de Deus para em Seu nome dirigir os homens, guiá-los, guardá-los, fortalecê-los, avisá-los, censurá-los e puni-los. *veja as narrações de Gn 18,19,22,28,32 - Jz 2,6,13 - 2 Sm 24.16,17 - 2 Rs 19.35: e cp. com Sl 34.7, 35.5,6 e 91.11. Nas mais antigas referências o anjo do Senhor não se acha bem distinto do próprio SENHoR. É Ele quem fala (Gn 22.16 - Êx 3.2 a 16 - Jz 13.18 a 22). Há, também, a idéia de uma grande multidão de anjos (Gn 28.12 - 32.2), que num pensamento posterior são representados como o exército de Deus, a Sua corte e conselho (Sl 103.20,21 - 89.7 - is 6.2 a 5, etc. - cp. com Lc 2.13 - Mt 26.53 - Lc 12.8,9 - Hb 12.22 - Ap 5.11, etc.). Eles são guardas, não só de indivíduos mas de nações (Êx 23.20 - Dn 10.13 a 20): cada igreja cristã tem o seu ‘anjo’, representando a presença divina e o poder de Deus na igreja - é ele garantia divina da vitalidade e eficácia da igreja (*veja Ap 2.1 a 8). Uma expressão de Jesus Cristo parece apoiar a crença de que cada pessoa tem no céu o seu anjo da guarda, e de que o cuidado das crianças está a cargo dos mais elevados seres entre os ministros de Deus (Mt 18.10 - cp. com Lc 1.19). Em conformidade com tudo isto é que os anjos servem a Jesus (Mc 1.13 - Lc 22.43), manifestam interesse pelo decoro nas reuniões da igreja (1 Co 11.10), e pela salvação dos homens (Lc 16.10 - 1 Pe 1.12) - tiveram parte na grandiosa revelação do Sinai (At v. 53 - Gl 3.19 - Hb 2.2), e executarão o Juízo final (Mt 13.41). São de diferente ordem. Dois são especialmente mencionados: Miguel, um dos principais príncipes angélicos (Dn 10.13), ‘o arcanjo’ (Jd 9), e Gabriel (Dn 8.16 - Lc 1.19). Nos livros apócrifos outros nomes aparecem, especialmente Rafael e Uriel. Há, também, referências a estes seres celestiais em Ef 1.21 - Cl 1.16 - 2.16 - e na epístola aos Colossenses condena-se de modo especial a idéia de interpô-los entre Deus e o homem, tirando assim a Jesus a honra de único Mediador, que lhe pertence (Cl 1.14 a 20, 2.18, etc.). Algumas passagens (Jd 6 - 2 Pe 2.4) referem-se misteriosamente a anjos caídos - e em Ap 12.9 Satanás tem o seu exército de anjos.